Após criar Secretaria da Amazônia, Bolsonaro decreta autorização de garimpo em terras indígenas

DEAMAZÔNIA MANAUS, AM – O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta quarta-feira (06/02), projeto que visa regulamentar a exploração mineral e energética em terras indígenas, informa o jornal Folha de São Paulo. A decisão do presidente ocorre poucas semanas depois de Bolsonaro anunciar a criação da Secretaria da Amazônia e do Conselho da Amazônia, após ser cobrado em Davos, como alternativa de preservar a floresta.

 

Se não bastasse a pressão mundial pedindo que o governo brasileiro implemente políticas públicas em defesa da Amazônia, Bolsonaro ainda debochou de ambientalistas, ao abrir a floresta para o garimpo, e voltou a fazer declarações preconceituosas contra as nações indígenas.

 

“Vamos sofrer pressões ambientalistas? Ah, esse pessoal do meio ambiente, né. Se um dia eu puder, eu confino-os na Amazônia, já que eles gostam tanto do meio ambiente. E deixe de atrapalhar os amazônidas daqui de dentro das áreas urbanas”, afirma Bolsonaro.

 

“Nunca e tarde para ser feliz, 30 anos depois. Espero que este sonho pela mãos do Bento [Albuquerque, ministro de Minas e Energia] e pelos votos dos parlamentares se concretize porque o índio é um ser humano exatamente igual a nós. [O indígena] em coração, sentimento, tem alma e tem necessidade e tem desejos e é tão brasileiro quanto nós”, disse Bolsonaro.

 

Há declaração dos 30 anos, que o presidente se refere, nas estrelinhas é uma exaltação ao governo militar, época da ditatura, que durou até 1985, com a eleição de Tancredo Neves em que o vice José Sarney assumiu com sua morte. 5 anos depois em 1990, Fernando Collor foi o primeiro presidente eleito pelo voto direto ( diretas já, lembra?). Isto é há 30 anos.

Segundo o Portal Uol, Pesquisa do DataFolha em dezembro de 20198, mostrou que a população brasileira não aprova mineração em terras indígenas.

 

Ainda segundo a Folha, o ministro da Casa Civil comemorou e chamou o ato de ‘nova Lei Áurea’. “Pois hoje, presidente, com sua assinatura será a libertação, ou seja, nós teremos a partir de agora a autonomia dos povos indígenas e sua liberdade de escolha”, afirmou.

 

Segundo o Portal Uol, Pesquisa do DataFolha em dezembro de 20198, mostrou que a população brasileira não aprova mineração em terras indígenas.

 

Também no mesmo dia Bolsonaro nomeou um evangélico para a presidência da Funai e autorizou ainda pescar esportiva em área de conservação ambiental.

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