Em Parintins, Garantido reprova contas de Antônio Andrade e expulsa diretores

Antônio Andrade, Ida Silva, Ana ‘Cabeça Branca’ e ainda o atual presidente interino foram expulsos do quadro de sócios; Adson Buretama diz que assembleia é nula e que foram praticadas várias ilegalidades

Assembleia Geral de Sócios do Garantido

DEAMAZÔNIA PARINTINS, AM Numa assembleia tumultuada, na noite desta terça-feira (19/9), o ex-presidente do Garantido, Antônio Andrade, teve as contas dos anos de 2022 e de 2023 reprovadas, por unanimidade, pelo Conselho Fiscal e pela maioria dos sócios presentes em uma assembleia geral.

Na mesma reunião foi acatada a proposta da sócia Joana Darc para expulsar os ex-diretores (sem citar os nomes desses ex-diretores) da gestão comandada pelo ex-presidente Antônio Andrade, a vice Ida Silva, a diretora financeira, Ana ‘Cabeça Branca’, o diretor financeiro, Emerson Alencar e o diretor administrativo e atual presidente interino, Adson Buretama.

Ao DeAMAZÔNIA, o presidente da Assembleia Geral, Osório Melo, informou que aceitou colocar em votação para a plenária a proposta de expulsão, do atual e ex-diretores, por entender que tratava-se de uma assembleia geral extraordinária.

“Todos os membros do Conselho Fiscal votaram pela desaprovação e por unanimidade a assembleia acompanhou o parecer. Como tratava-se de assembleia extraordinária entendemos que outro assunto que fosse colocado na pauta era cabível. Foi aí que foi proposto a expulsão do presidente, vice, ex-presidente e presidente interino”, afirmou Osório.

A assembleia geral foi transferida de sábado (17) para esta terça, devido o temporal, daquele dia, em Parintins.

A assembleia desta terça, terminou em confusão, porque segundo Osório Melo, a atual diretoria sumiu com a ata e lista dos sócios presentes na Cidade Garantido. O presidente da reunião é escolhido na início da assembleia entre os associados.

“Foi feita, ali mesmo, nova ata e nova lista de sócios para validar a assembleia, porque os documentos a diretoria sumiu com documentos”, completou o presidente da Assembleia.

A eleição para escolher novo presidente do Garantido será realizada no próximo domingo, dia 24.

  

CANDIDATOS

A ex-vice-presidente Ida Silva, candidata a presidente do Garantido, foi afastada do cargo de vice na semana do Festival de Parintins 2023 pelo Conselho de Ética.

Já o vereador Flávio Farias, também candidato a presidente do Garantido, foi diretor na gestão de Antônio Andrade apenas nos primeiro meses de 2021 e renunciou ao cargo.

Independente da expulsão, o Estatuto do Garantido prevê ainda que o sócio que tiver suas contas reprovadas não poderá concorrer à eleição de presidente do boi.

O  OUTRO LADO

O presidente interino do Garantido, Adson Buretama, que disse a reportagem que a assembleia é nula e a expulsão de sócios é arbitrária e ilegal.

 “ O presidente da Assembleia praticou vários absurdos. Esta assembleia é nula. Ela é ordinária e não extraordinária, ou seja é uma reunião específica para determinado fim (prestação de contas). Foi uma assembleia que foi transferida por causa de um temporal. Com relação a expulsão de sócios é um ato arbitrário, inconstitucional e, portanto, ilegal. A todo o rito para expulsão com aceite pelo Conselho de Ética e processo de ampla defesa. Foram absurdos, atrás de absurdos”, afirmou Buretama.

Não obtivemos retorno da assessoria de Ida Silva e Emerson Alencar. Não conseguimos contatos com o ex-presidente Antônio Andrade e Ana Miranda. Tão logo os ex-dirigentes entrem em contato suas manifestações serão publicadas.  

O ex-diretor financeiro do Boi Garantido, Emerson Alencar (Cabeludinho), disse ao DeAMAZÔNIA, que a expulsão não tem amparo no estatuto.

“Tem que ter o direito ao contraditório. Não houve acusação para que eu me defendesse. Há todo um processo a ser seguido e não houve. Logo, é arbitrário e inconstitucional”, declarou o ex-diretor.

 

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