Frente Parlamentar: Sidney Leite questiona altos valores para segurança naval na Amazônia

Valores elevados impactam no escoamento, segundo o deputado; a praticagem é a atividade que conduz os navios em segurança na entrada e saída dos portos

Deputado federal Sidney Leite participa de reunião da Frente Parlamentar de Empreendedorismo (Foto: Divulgação)

DEAMAZÔNIA BRASÍLIA – A Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE) realizou, nesta terça-feira (26), uma reunião para discutir o impacto do custo da praticagem na competitividade dos produtos brasileiros.

A Praticagem é a atividade que conduz os navios em segurança na entrada e saída dos portos, tanto na sua navegação no canal de acesso quanto na atracação e desatracação.

O encontro reuniu parlamentares membros da FPE, como o deputado federal Sidney Leite (PSD-AM), representantes do setor de terminais portuários privados, do setor de cruzeiros turísticos e da indústria de grãos.

Durante a reunião, foram abordados diversos pontos críticos relacionados aos custos logísticos e à praticagem no Brasil como o Arco Norte, que já é responsável pelo escoamento de 40% da exportação de soja no Brasil, e a tendência é de crescimento.

“Apesar de o escoamento no Arco Norte estar crescendo cada vez mais, o custo com a praticagem chega a representar até 2% do produto transportado, o que pode impactar significativamente a competitividade do setor agrícola e isso acontece devido à logística do estado que é continental e cada vez mais isolado, tornando os valores impraticáveis”, afirma o parlamentar.

O setor dos cruzeiros também foi pauta da reunião, já que as empresas brasileiras enfrentam um custo total de operação de 40% a 50% superior à média internacional. Na Amazônia, 12 embarcações fazem rotas e além dos custos normais da atividade, é necessário calcular um adicional devido ao custo amazônico.

A praticagem atualmente não segue a lógica de mercado e não possui regulação econômica, Além de operar em um sistema de rodízio único, o que significa que não há opção de escolha de práticos nos portos para negociação de valores.

De acordo com Sidney Leite, é necessário regular o serviço para que haja mais transparência e justiça no processo.

“O setor de terminais portuários privados é regulado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários, mas o que se pede é que haja uma regulamentação semelhante para a praticagem, de modo a criar um ambiente de negociação justo e transparente. A busca é por soluções que tornem a logística mais eficiente e competitiva, especialmente para o Arco Norte do país”, destaca Leite.

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