Prefeito de Borba é preso pela PF e afastado do cargo por 180 dias

Suspeito de desviar recursos da merenda escolar, Simão Peixoto manipulou testemunhas do caso

Prefeito de Borba, Simão Peixoto (Foto: Divulgação)

 

DEAMAZÔNIA BORBA, AM – A Polícia Federal prendeu hoje (9/1) o prefeito de Borba (AM), Simão Peixoto (MDB), suspeito de manipular testemunhas em uma investigação que apura desvios de recursos públicos destinados à compra de merenda escolar no ano de 2020, durante a pandemia do Covid-19.

Segundo a PF, há indícios de que o prefeito de Borba, Simão Peixoto, desviou recursos públicos que deveriam ter sido utilizados para a compra de kits de merenda escolar.

“As investigações revelaram indícios de que os kits de merenda escolar fornecidos não continham ou possuíam uma quantidade muito reduzida de carne de boi, divergindo significativamente do volume contratado”, diz em nota PF.

O mandado de prisão preventiva foi cumprido no âmbito da operação Voz do Poder, em Borba e na capital, Manaus.

PREFEITO FOI AFASTADO

A medida judicial inclui também o afastamento do prefeito de suas funções públicas por um período de 180 dias e a execução de outras diligências necessárias para a coleta de provas.

Além disso, foi constatada a ausência de charque nos kits, indícios de falsificação nos recibos de entrega e possíveis pagamentos sem comprovação documental.

Há também indícios de falsificação nos recibos de entrega e de pagamentos sem comprovação documental.

MANIPULAÇÃO

A medida de prisão preventiva e o afastamento do cargo do prefeito Simão Peixoto foram solicitados após evidências de que ele conduziu uma videoconferência com servidores municipais intimados pela Polícia Federal para prestar esclarecimentos relacionados à referida investigação.

Neste encontro, o prefeito de Borba teria oferecido assistência jurídica e fretamento de aeronave, custeados pela Prefeitura, o que poderia representar uma tentativa de influenciar indevidamente as testemunhas.

“Embora possa ser interpretada como um gesto de auxílio, esta ação cria um ambiente propício para que os servidores se sintam pressionados a adaptar seus depoimentos aos interesses do investigado, comprometendo potencialmente a integridade e a credibilidade das investigações em curso”, afirmou a PF, em esclarecimentos sobre o caso.

 

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