Moraes nega pedido da defesa e mantém prisão de ex-comandante de Forças Especiais do CMA

Coronel Hélio Ferreira Lima é acusado de envolvimento em esquema para desacreditar as urnas eletrônicas e de trama para matar o presidente Lula

Coronel Hélio Ferreira Lima

 

DEAMAZÔNIA MANAUS, AM- O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou, no dia  8 de julho, pedido das defesas do general da reserva Mário Fernandes e do tenente-coronel do Exército Hélio Ferreira Lima de revogação de suas prisões preventivas.

Os dois oficiais respondem a ações penais (APs 2693 e 2696) relativas à tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 e são suspeitos de tramarem um plano para matar Lula, Geraldo Alckmin e o próprio Moraes.

Mário Fernandes atuou como chefe substituto da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Jair Bolsonaro.

Hélio Lima integrava o grupo de oficiais do Exército com formação em Operações Especiais, conhecidos como “kids pretos”.

Lima era o comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais de CMA ( Comando Militar da Amazônia), em Manaus.

De acordo com a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), o general foi responsável por elaborar o plano “Punhal Verde Amarelo”, que previa o assassinato do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes.

Hélio Ferreira Lima é acusado de, na mesma operação, monitorar as autoridades que seriam assassinadas.

O ‘kid preto’ foi preso pela Policia Federal no 19 de novembro de 2022. Ficou detido em Brasília e depois foi transferido para Manaus.

O coronel Lima tinha em um pendrive um documento que detalha um plano de golpe para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder. A defesa diz que o documento se tratava de um trabalho acadêmico.

O militar ingressou no CMA em 7 de junho de 2023.

Na época em que foi destituído do cargo, o nome do do tenente coronel do Exército apareceu em troca de mensagens com Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A portaria que exonerou de Lima foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), em 8 de fevereiro, de 2024.

Segundo a PF, Hélio Ferreira Lima enviou ainda mensagens para Cid e outros militares “sempre no intuito de buscar suporte às notícias fraudulentas e ampla desinformação sobre inexistentes fraudes no pleito eleitoral para desacreditar as eleições brasileiras”.

Ao negar o pedido, o ministro Alexandre de Moraes destacou a necessidade de resguardar a ordem pública e a instrução processual penal, situação reforçada diante do recebimento da denúncia contra os militares. Para o relator, não há nenhum fato que possa afastar a necessidade de manutenção da custódia.

Leia a íntegra da decisão relativa a Hélio Ferreira Lima.

Leia a íntegra da decisão relativa a Mário Fernandes.

 

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