Ministério de Minas e Energia pede investigação contra grupo Atem, dono da Reman, por vender gasolina cara no Amazonas

Bolsonaro privatizou antiga Reman em 2022; Sindipetro-AM acusa grupo Atem de refinar petróleo de Urucu (Coari-AM) em São Paulo

Grupo Atem comprou a Refinaria Isaac Sabbá (Reman) em dezembro de 2022

 

DEAMAZÔNIA MANAUS, AM – O grupo Atem, que detém o controle da Refinaria de Manaus (Ream), antiga Refinaria Isaac Sabbá (Reman), foi denunciado ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) por deixar de operar como refinaria de petróleo e por cobrar o preço da gasolina, gás de cozinha e diesel mais caros no Amazonas.

A  Reman foi privatizada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, em dezembro de 2022, no apagar das luzes, antes de deixar o cargo.

A denúncia foi feita em junho pelo Sindicato dos Petroleiros do Amazonas (Sindipetro-AM).

A informação é do site Brasil 247.

O Sindipetro-AM informou ao CADE que todo o petróleo extraído na bacia de Urucu, em Coari, no Amazonas está sendo transportado até São Sebastião, em São Paulo para ser processado pela Petrobras. A viagem dura 16 dias.

O Sindicato dos Petroleiros do Amazonas denunciou a Ream de descumprir os compromissos assumidos no processo de privatização ao descaracterizar a função de refinaria.

Ainda segundo o Brasil247, o Ministério de Minas e Energia fez cobranças ao Cade pedindo providências sobre o fato de consumidores da Região Norte pagarem atualmente a gasolina, diesel e gás de cozinha mais caros do país.

Segundo o Ministério de Minas e Energia os preços cobrados pela Ream (Grupo Atem), estão acima da média nacional e superiores ao Preço de Paridade de Importação (PPI).

A pedido do ministério e do sindicato, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) instaurou investigação contra o grupo. Uma fiscalização da ANP no Amazonas já resultou em dois autos de infração e na abertura de uma auditoria contra a empresa.

A investigação da Agência Nacional do Petróleo ocorre em sigilo.

A reportagem não conseguiu contato com o Grupo Atem. O espaço segue aberto para manifestação.

 

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