Sidney Leite e ministro Costa Filho debatem melhorias em portos e aeroportos do Amazonas

Deputado federal expôs ao ministro recém-empossado os desafios da integração da Amazônia Ocidental, em relação aos transportes e infraestrutura

Sidney Leite discute melhorias nos portos e aeroportos do Amazonas com ministro Costa Filho (Foto: Divulgação

DEAMAZÔNIA MANAUS, AM – Em uma audiência realizada nesta terça-feira (19), o deputado federal Sidney Leite (PSD-AM) e o recém-empossado ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, discutiram os rumos da infraestrutura aeroportuária no estado do Amazonas.

No ano passado, a Câmara dos Deputados aprovou um Projeto de Lei que autoriza a União a contratar parceria público-privada, para concessão patrocinada, precedida de licitação, dos seguintes aeroportos: Parintins, Carauari, Coari, Eirunepé, São Gabriel da Cachoeira, Barcelos, Lábrea e Maués.

Apesar da aprovação do projeto, as melhorias ainda não aconteceram. Por isso, Sidney Leite tem conversado com o governo para acelerar o processo.

O deputado federal reforçou a importância da concessão, argumentando que a estrutura governamental é morosa, e uma parceria com a iniciativa privada agilizaria a concretização dos projetos.

“Nós temos o desafio da integração da Amazônia Ocidental. O avanço na adequação da infraestrutura desses aeroportos nos ajudará a vencer uma etapa significativa nesse aspecto,” destacou o deputado.

Dentre as melhorias apontadas por Sidney Leite, estão a necessidade de recuperação e expansão de pistas, balizamento noturno e ampliação dos terminais de passageiros. Embora não conste no projeto aprovado pela Câmara, Sidney informou para Silvio Costa Filho que o aeroporto de Manicoré também precisa, urgentemente, de adequações em sua infraestrutura.

Costa Filho, que assumiu o cargo no dia 13 de setembro, confirmou que esta será uma prioridade da sua gestão e está disposto a já começar a tocar os projetos, seguindo diretrizes do presidente Lula. O ministro também ressaltou a importância da visita de Sidney para orientá-lo em relação ao Amazonas, uma vez que, pelas características da região, é fundamental ouvir quem vive o dia a dia das dificuldades do estado.

“Estou otimista. É uma pauta que precisa de investimento, e o ministro está determinado e comprometido”, comentou Sidney. Alguns dos benefícios esperados com a adequação dos aeroportos são a viabilização da malha aérea e a possibilidade de receber aviões maiores, o que contribuiria para a redução dos valores das passagens.

Em agosto o governo federal lançou o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e 17 aeroportos do Amazonas foram contemplados no eixo Transporte Eficiente e Sustentável, inclusive os nove tratados por Sidney na audiência com o ministro. Os projetos estão em diferentes fases de avaliação por parte do governo, e a expectativa é que algumas obras tenham início em 2024.

No entanto, o deputado lembrou que os municípios de Amatura, Jutaí, Maraã, Uarini, Codajás, Pauini e Nova Olinda do Norte não possuem aeroportos e nem estão presentes no PAC, mesmo havendo demanda da população.

Sidney Leite ainda aproveitou a audiência com Silvio Costa Filho para tratar da questão dos portos IP4 (Instalações Portuárias Públicas de Pequeno Porte) no interior, do Porto Público de Manaus – que está no Novo PAC – e das hidrovias do estado.

“Nós temos várias portos com dificuldade de funcionamento, principalmente nos grandes municípios. Pra ter ideia, fora Manaus, nenhum porto do Amazonas recebe contêiner. Sem contar a precariedade na estrutura da maioria”, Leite esclareceu a Costa Filho.

Sobre as hidrovias, o deputado destacou a realidade do Alto Solimões: “Os municípios de Benjamin Constant e Atalaia do Norte estão praticamente isolados, temos que fazer diagnóstico e dragagens na área. Esses são só alguns exemplos, mas os desafios no Amazonas são muitos.”

Os próximos passos têm potencial para transformar positivamente a vida dos amazonenses. As melhorias previstas nos não só atenderão à crescente demanda por transporte aéreo, mas também fortalecerão a infraestrutura de acesso em uma região marcada por grandes desafios geográficos. Com vastas áreas cobertas pela floresta Amazônica e municípios de extenso território, as mudanças propostas são essenciais para conectar e integrar as comunidades de maneira mais eficiente e segura.

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