Quilombo do Andirá, em Barreirinha (AM) é reconhecido pelo Incra

Escravo angolano aportou em Barreirinha no século 19, mas quilombo foi descoberto somente em 2012

Diretor nacional de governança fundiária do Incra, João Pedro Gonçalves, visitou quilombo de Barreirinha (Fotos: Reprodução)

 

DEAMAZÔNIA BRASÍLIA – O Incra (Instituto de Colonização e Reforma Agrária) reconheceu o território quilombola do Rio Andirá, em Barreirinha (AM). A homologação ocorreu na segunda-feira (4).

A informação foi dada pelo diretor nacional de governança fundiária do Incra, o ex-senador, João Pedro Gonçalves.

João Pedro, que já visitou quilombo do Andirá, classificou a homologação das terras como histórica.  Cinco comunidades de remanescentes de quilombo solicitaram a regularização do território.

“Aprovamos hoje o reconhecimento de territórios quilombolas de cinco territórios. Eu quero chamar a atenção aqui para o território quilombola Arapucu no município de Óbidos, no Pará e mais um território quilombola histórico do Rio Andirá, no município de Barreirinha, terra do escritor amazonense Tiago de Mello, no Amazonas”, afirmou o diretor do Incra, em vídeo publicado nas redes sociais.

Além de Barreirinha e Óbidos, no Pará, o órgão também reconheceu os quilombos de Benfica (Maranhão), Graciosa (Bahia) e Campos do Poli ( Santa Catarina).

“O Incra reafirma o seu compromisso com a agenda quilombola. Com esses que construíram esta nação e que tem uma ancestralidade. É por isso que o Incra está fazendo esse justo reconhecimento”, completou o diretor.

O quilombo de Barreirinha foi descoberto pela antropóloga, Maria Maegla, somente 2012. As famílias são descendentes de Benedito Rodrigues da Costa, um escravo angolano que fugiu e chegou ao Amazonas por volta do século 19.

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