Padre Augusto Gianola dá nome ao 17º campo iluminado da Prefeitura de Parintins
Lendário padre, que ajudou a criar o Festival de Parintins, defendia métodos progressistas na antiga Prelazia e viveu como eremita no meio da floresta
DEAMAZÔNIA PARINTINS, AM – A Prefeitura de Parintins prestou homenagem nesta quinta-feira ( 16) ao padre Augusto Gianola, missionário italiano do Pime ( Pontifício Instituto das Missões Exteriores) que fez história na Amazônia.
Na antiga Prelazia, Gianola pregava ideias inovadoras, com métodos progressistas, e defendia a teologia da libertação. O sacerdote foi um dos criadores do Festival de Parintins e ajudou na construção da Catedral da padroeira da cidade.
A homenagem ao lendário padre aconteceu na comunidade São Tomé, na região do Mocambo do Arari, zona rural de Parintins, que recebeu o 17º campo iluminado da Prefeitura.
A região é um dos lugares que o missionário escolheu para se recolher na década de 80 onde introduziu as comunidades agrícolas, mobilizando mais de 60 localidade na zona rural entre desde o final dos anos 60.
No São Tomé, o prefeito Bi Garcia, acompanhado dos vereadores Mateus Assayag, Vanessa Gonçalves, Telo Pinto, Naldo Lima e Cabo Linhares, inaugurou a ampliação do programa Água no Jirau e fez a entrega de um caminhão, para o abastecimento da região.
Padre Gianola chegou a Parintins em 1963, foi pároco da Igreja de São José Operário. Ficou conhecido como o ‘Eremita da Amazônia’, após rupturas com a Igreja e se exilar em comunidades rurais no centro da floresta.
Gianola morreu em 24 de julho de 1990, em Laorca di Lecco, na Itália, depois de idas e vindas ao Brasil e a Amazônia. A causa da morte foi câncer no cérebro.
Fotos: Arleison Cruz e Yuri Pinheiro