Governo Chinês começa usar medicamento de Cuba para combater o coronavírus
DEAMAZÔNIA MANAUS, AM – A Organização Mundial de Saúde (OMS) sempre considerou Cuba um modelo de saúde para o mundo. E vai ter agora mais um motivo para manter esse dado do país no patamar de excelência.
É que a Comissão Chinesa de Saúde selecionou o remédio Interferon Alfa Recombinante (IFrec), um antiviral produzido na indústria de biotecnologia de Cuba, para ser usado no combate ao coronavírus. O risco de epidemia da doença no mundo é grande. A doença infectou mais de 30 mil pessoas na China, causando a morte de 636.
A informação é do site Directoriocubano, em matéria assinada por Marisela Jimenez, publicada neste dia 05 de fevereiro (quarta-feira). O governo da China tem parcerias com o governo de Cuba em produção de ciência.
“Um antiviral de origem cubana, o chamado interferão alfa 2B recombinante (IFNrec), um dos principais produtos de biotecnologia da ilha, é um dos medicamentos utilizados pelos médicos chineses nos tratamentos aplicados aos pacientes da epidemia de coronavírus 2019-nCoV, especialmente na cidade de Wuhan, a mais afetada no país asiático, diz reportagem do site
A reportagem destaca a cooperação técnica do governo da Ilha e dos chineses. “A empresa ChangHeber, juntamente com a Biotech e a Changchun Heber Biological Technology, são o resultado da cooperação de Cuba e China na biotecnologia, um setor com amplas perspectivas para a implementação de projetos conjuntos”, diz trecho da matéria.
De forma massiva, o IFNrec vem sendo produzido a partir do dia 25 de janeiro na fábrica mista de ChangHeber, em Changchun, na província de Jilin, na China.
“A planta chinesa-cubana Changheber produz desde o primeiro dia do Ano Novo Luar o Interferon Alpha com o uso de tecnologia cubana. A Comissão de Saúde da China selecionou nosso produto entre os utilizados na luta contra o coronavírus”, comemorou o presidente de Cuba, Miguel Días-Canel, em sua conta no twitter.
Conforme os cientistas, entre outras enfermidades, o IfNrec está sendo aplicado contra infecções virais causadas pelo HIV, a papilomatose respiratória recorrente causada por papilomavírus humano, hepatites dos tipos B e C.
Em fevereiro de 2019, logo após assumir a presidência o governo Jair Bolsonaro decidiu acabar com o Programa Mais Médicos e demitiu mais de oito mil profissionais de saúde, provenientes de Cuba, que prestavam assistência médica no Brasil.