Presidente do TCE-AM denuncia conselheiro Ari Moutinho à Polícia: ‘me chamou de vadia, safada’

Segundo Yara Lins, agressões ocorreram durante a eleição que definiu o retorno dela à presidência do Tribunal de Contas do Amazonas

Presidente do TCE-AM, Yara Lins, em coletiva de Imprensa sobre o caso (Foto: Reprodução/Live)

DEAMAZÔNIA MANAUS, AM – A presidente eleita do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), conselheira Yara Lins, denunciou, na manhã desta sexta-feira (6), à Polícia Civil do Amazonas, o também conselheiro Ari Moutinho Junior, por xingá-la de ‘safada’, ‘vadia’ e ‘cachorra’, dentro da Corte de Contas.

A denúncia foi formalizada e seguida de uma entrevista coletiva de imprensa na Delegacia Geral da Polícia Civil no bairro Dom Pedro, Zona Oeste de Manaus.

“Eu agradeço a imprensa que está aqui, convoquei essa coletiva. Eu sou a conselheira Yara Lins, mas neste momento não está a conselheira e sim uma mulher”, disse.

Segundo Yara Lins, Ari Moutinho a ameaçou dentro do plenário do TCE-AM, minutos antes de iniciar a eleição para presidência da Corte de Contas, realizada na terça-feira (3), na qual ela foi eleita para o cargo.

“Eu fui cumprimentar o conselheiro com um bom dia e ele me respondeu dizendo ‘bom dia nada, safada, p*ta, v*dia’ e me ameaçou dizendo ‘eu vou te f*der, porque fiz o mesmo com a Lindôra no Ministério Público, você vai ver!”, afirmou a conselheira.

“Eu acredito na justiça de deus, acredito na imprensa do meu estado, e nas autoridades do estado e do Brasil. Peço Justiça! Sou a única mulher do tribunal, represento as mulheres da minha instituição. Não poderia me acovardar”, declarou.  

Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra o momento em que o conselheiro parece proferir as palavras de baixo calão.

A advogada de Yara, Catharina Estrela afirmou que os documentos e prova já foram entregues às autoridades, o processo deve ser investigado pela Policia Civil e por órgãos judiciais como o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“Mulheres em espaço de poder ainda são agredidas. Em um vídeo é possível ver as agressões verbais. A doutora Yara precisou tomar providências na Justiça para manter a sessão, pois havia um grupo que tinha interesse em adiar as eleições”, afirmou a advogada.

A reportagem não conseguiu contato com o conselheiro Ari Moutinho. Tão logo tenhamos retorno, sua versão do caso será publicada neste espaço.

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