Juiz federal é detido suspeito de agredir a esposa em Parintins (AM); TRT repudia violência

Inquérito policial foi instaurado e presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região diz que levará caso ao CNJ

3ª Delegacia de Polícia de Parintins (Foto: Divulgação/PC-AM)

DEAMAZÔNIA PARINTINS, AM – O juiz federal do Trabalho, Eduardo Miranda Barbosa Ribeiro, foi detido na noite deste domingo (26/11), em Parintins (a 365 quilômetros de Manaus), suspeito de agredir sua esposa, Hérica da Silva Miranda.

O caso ocorreu por volta das 18h, no centro da cidade de Parintins.

Segundo a Polícia Militar, testemunhas que viram a agressão física acionaram os agentes.

Após a chegada dos policiais, o juiz foi levado para a 3ª Delegacia de Polícia, onde foi ouvido e em seguida liberado.

Um inquérito policial foi instaurado e o procedimento foi encaminhado ao Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região, com sede em Manaus, conforme prevê a prerrogativa de foro do magistrado.

De acordo com a Polícia Civil do Amazonas, o caso é investigado em sigilo, por solicitação da vítima.

O juiz Eduardo Miranda Barbosa Ribeiro é o titular da Vara do Trabalho de Parintins desde 2021. Anteriormente, foi o titular de Tefé. O magistrado ingressou no TRT11 como analista judiciário em 1990, sendo oficial de Justiça avaliador em 1993. Tomou posse como juiz do trabalho substituto em 1997, desde então, foi designado para exercer em substituição cargos da instituição.

REPÚDIO

Em Nota Oficial, o Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR) repudiou com veemência o ato de violência doméstica praticada pelo juiz.

 “A conduta relatada é incompatível com os princípios éticos e morais que regem a magistratura e, consequentemente, com os valores defendidos por essa instituição do Poder Judiciário Trabalhista”, afirma o presidente do TRT da 11ª Região, desembargador Audaliphal Hildebrando da Silva, em Nota Oficial.

“O TRT rechaça todo tipo de violência contra as mulheres e informa que possui uma atuação firme, com adoção de medidas e políticas de combate à violência doméstica e familiar”, completou.

Ainda conforme o presidente do TRT, o juiz será responsabilizado de forma civil e criminal na Lei Maria da Penha e também, será dado conhecimento dos fatos ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O Portal DeAmazônia não conseguiu contato com a defesa do magistrado.

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