Pinturas e desenhos produzidos na Serra da Valéria e em Ponta Alegre são exibidos em mostra na Holanda

Artista Freyzer Andrade participa da comitiva em Amsterdã, acompanhado por lideranças indígenas amazonenses e representantes de projeto internacional, desenvolvido em parceria com a UFAM-Parintins

Artista plástico Freyzer Andrade participa da comitiva rumo a Amsterdã

 

POR MARINHA MAGALHÃES, Especial para o DeAMAZÔNIA

DEAMAZÔNIA PARINTINS, AM – Vai ter participação de Parintins na exposição “Transformação Digital na Assembleia Amazônica”, que acontece na cidade de Amsterdã, na Holanda, nesta terça-feira (21/05). Criações artísticas desenvolvidas na Serra da Valéria, na comunidade indígena de Ponta Alegre e no município de Parintins serão exibidas no evento internacional. Uma comitiva parintinense já está a caminho da capital holandesa, formada pelo artista plástico Freyzer Andrade, que também vai expor suas pinturas no evento, pelo professor Adriano Clayton da Silva, da UFAM, e pelas lideranças indígenas Josias Ferreira e João Ferreira, da etnia Sateré-Mawé.

Os desenhos e pinturas resultam do projeto de pesquisa “Explorando a transformação digital em colaboração com comunidades indígenas na Floresta Amazônica”, financiada pelo fundo Global Culturas Digitais e desenvolvida pela Universidade de Amsterdã (Professoras Paula Helm, Beatrice Bonami e Roanne van Voorst), em parceria com a Universidade Federal do Amazonas – Campus Parintins (Profs. Adriano Clayton da Silva e Marina Magalhães).

A iniciativa teve como objetivo compreender como diversas comunidades de povos originários da Floresta Amazônica se apropriam das tecnologias digitais. O estudo envolveu trabalhos de campo com oficinas de desenho e grupos focais para debater a temática. A etapa local da pesquisa foi desenvolvida em outubro de 2023, com a vinda da equipe de professoras de Amsterdã, recebida pelos professoras da UFAM-Parintins e por parceiros que ajudaram a construir com a comunidade.

Freyzer Andrade, natural de Serra da Valéria, destaca a importância de discutir o impacto das tecnologias digitais, em especial da internet e da telefonia móvel, nas zonas rurais do Baixo Amazonas.  “A chegada dos telefones celulares melhorou a comunicação entre as pessoas. Os moradores podem se comunicar com seus familiares, monitorar seus negócios, assim como a segurança do local onde vivem. Também podem se atualizar dos acontecimentos do mundo em tempo real. E, o mais importante, é que a comunidade se aproprie das técnicas como aprendizado para chegar a diferentes soluções sociais para a região”.

Além da exposição, também terão lugar atividades acadêmicas na Universidade de Amsterdã, com a participação das lideranças indígenas convidadas e do Prof. Adriano Clayton da Silva. “Esta é uma ótima oportunidade para também darmos visibilidade tanto à UFAM-Parintins quanto à região do Baixo Amazonas. Então vamos sempre buscar parcerias assim”, afirma o docente.

Livro internacional

Os relatos de experiência do projeto serão publicados no livro internacional “Codex Amazônidus – Narrativas Pós-Coloniais sobre Linguagens, Meio Ambiente e Tecnologias na Floresta Amazônica”, editado pelas Professoras Beatrice Bonami, Paula Helm e Roanne Van Voorst. Entre os autores de Parintins, assinam textos da coletânea os Professores Adriano Clayton da Silva, Marina Magalhães e Hellen Picanço, da UFAM; o artista Freyzer Andrade; o Mestre Josias Ferreira e João Ferreira, ambos da Associação dos Kapi e das Lideranças Tradicionais do Povo Sateré-Mawé.

LEIA TAMBÉM

Parintins 2024: Belo e Thiaguinho confirmados na festa dos visitantes

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *