Funai, PF e Ibama destroem 223 dragas de garimpo no Rio Madeira (AM)
Operação Prensa visa combater atividades criminosas do garimpo na região do Rio Madeira (AM)
DEAMAZÔNIA MANAUS, AM- Pelo menos 223 dragas do garimpo ilegal foram destruídas na calha do Rio Madeira, no Amazonas, em ação conjunta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Polícia Federal, e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Do total, cerca de 30 dragas estavam em terras indígenas. Com foco em combater as atividades criminosas do garimpo na região, a Operação Prensa teve início na terça-feira (20) e segue até o final do mês. A ação deve superar o recorde da chamada operação Draga Zero, deflagrada em 2023 na mesma região. Na ocasião, os órgãos destruíram 302 balsas de garimpo ilegal
A Operação Prensa beneficia cerca de 15 mil indígenas em seis territórios tradicionalmente ocupados localizados em áreas próximas: Arary, Cunhã Sapucaia, Lago do Limão, Setemã, Igarapé Açú e Kawa. A atuação do garimpo polui as águas do rio e provoca danos ambientais, resultando em um impacto direto na saúde e na segurança alimentar das comunidades indígenas da região. Além disso, os criminosos invadem as terras indígenas e levam álcool e drogas para as aldeias, o que causa a desestruturação social e cultural dos povos indígenas. Também há denúncias de assédio praticadas pelos garimpeiros contra jovens indígenas.
Quatro servidores da Funai participaram da operação. A autarquia indigenista atuou no planejamento desde o início das preparações e forneceu apoio logístico para realizar a ação e, assim, cumprir com sua missão institucional de proteger e promover os direitos dos povos indígenas estabelecidos na Constituição Federal de 1988. É o que destaca o servidor da Coordenação Regional da Funai em Manaus, envolvido na operação.
“Há anos as comunidades indígenas localizadas na calha do rio Madeira sofrem pressão excessiva dos garimpeiros em seu território e, agora, a Funai se faz presente de forma robusta e eficiente na região para garantir o usufruto exclusivo de forma sustentável do território indígena”, afirma.
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