Comandante de Infantaria de São Gabriel da Cachoeira (AM) é indiciado pela PF em trama golpista
General Nilton Diniz Rodrigues está na ativa e exerce cargo de prestígio no Exército, na tríplice fronteira do Amazonas
DEAMAZÔNIA MANAUS, AM – O general Nilton Diniz Rodrigues, comandante da 2ª Brigada de Infantaria de Selva, em São Gabriel da Cachoeira [na tríplice fronteira do Amazonas com a Colômbia e Venezuela], foi também indiciado pela Polícia Federal na trama golpista para impedir a posse do ex-presidente Lula.
É o que revela o colunista de O Globo, Lauro Jardim, nesta quinta-feira (22).
O nome do comandante de Infantaria de São Gabriel causou espanto nas Forças Armadas.
O general Nilton Diniz Rodrigues continua na ativa e num posto de prestígio no Exército, e ainda pelo fato de o nome dele não ter aparecido em nenhum momento das investigações.
A alta cúpula das Forças Armadas credita o indiciamento dele ao fato de Nilton Rodrigues, que serve no Amazonas, ter sido assistente do general Freire Gomes, que comandou o Exército de março a dezembro de 2022, no fim do governo Bolsonaro.
Na terça-feira (19), a Polícia Federal prendeu quatro militares do Exército e um agente da PF supostamente envolvidos num esquema para matar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo, Alexandre de Moraes.
Entre os presos está o ex-comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais de Manaus, do Comando Militar da Amazônia, (CMA), o tenente-coronel Henrique Ferreira Lima.
Ele havia sido destituído do cargo em fevereiro de 2024, após o início das investigações sobre a tentativa de um golpe de Estado.
ACAMPAMENTO NO CMA
No final de dezembro de 2022, o quartel do CMA, em Manaus, virou uma das ‘sedes golpistas’ com bolsonaristas pedindo intervenção militar.
O então comandante do Comando da Militar da Amazônia, general de Exército, Achilles Furlan Neto, exonerado no início do governo Lula, fez vista grossa para o acampamento golpista que acampavam em frente ao CMA.