Anne Moura diz que desconhece áudio, que não interferiu em comitê e que denuncia é para macular sua imagem

Secretária de Mulheres do PT diz que ex-presidente do IAJA fez denuncia após perder cargo e ter contas reprovadas

Anne Moura, secretária de Mulheres do PT

 

DEAMAZÔNIA MANAUS, AM – A secretária Nacional de Mulheres do PT, Anne Moura, disse que desconhece a transcrição de áudio de suposta conversa com o ex-presidente do IAJA (Instituto de Articulação de Juventude da Amazônia), Marcos Junuário, que denunciou ao Estadão, que ela interferia na administração do Comitê de Cultura do Amazonas para que entidades ligadas ao governo recebessem verba do Ministério da Cultura.

“Reuni com este senhor, mas nunca no sentido de interferir na condução administrativa do Comitê de Cultura”, afirma em Nota, enviada ao Portal deAMAZÔNIA.

Anne esclareceu que no Amazonas, artistas comprometidos com atividades e bens culturais participaram de debates públicos para a criação dos comitês de cultura, e que sempre defendeu o protagonismo desses ativistas e produtores culturais no estado.

“ Estes atores, independentemente de preferência política ou partidária, deveriam, a nosso ver, ter protagonismo nas atividades do Comitê. Isso foi exposto e não imposto como foi ventilado pelo ex-dirigente”, avalia.

Anne afirma ainda que a denúncia feita pelo ex-dirigente foi decorrente de ele ter sido deposto do cargo de presidente do IAJA, e de ter contas reprovadas em sua gestão.

A secretária do PT ressalta que sua luta é voltada para causas sociais e direcionadas a grupos prioritários, e que a denuncia do ex-dirigente tem como propósito macular sua imagem perante a opinião pública.

“O ex-presidente tratou o projeto de forma personalista e inconsequente, tomando decisões sem consultar os demais membros do IAJA e do próprio Comitê de Cultura, não se reportou ao Conselho Fiscal, sendo por isso questionado pelos associados e por mim, particularmente, sem que em nenhum momento tenha reivindicado qualquer tipo de benefício pessoal e muito menos ilegal”, completa.

Anne concluiu que vaia adotar medidas legais.

O Comitê de Cultura do Amazonas é atualmente presidido por Ruan Octávio da Silva Rodrigues, que dirige o IAJA, ONG que Anne Moura foi fundadora.

O Ministério da Cultura bloqueou os repasses de verbas R$ 58 milhões para o Comitê do Amazonas e mandou apurar a denúncia.

LEIA A NOTA DE ANNE MOURA 

Verdade dos fatos

Venho a público esclarecer declarações distorcidas com a única finalidade de macular a minha imagem perante a opinião pública, desmerecendo minha vida pública voltada às causas sociais e luta por dias melhores para a população brasileira,  em especial a do Amazonas, estado onde nasci e onde atuo intensamente em causas direcionadas para grupos prioritários.

O IAJA é uma instituição, que há mais de 10 anos, executa inúmeros projetos sem nunca terem sido apontada conduta ou prestação de contas irregulares. Esse histórico de ações contínuas e eficientes a credenciou para concorrer ao edital dos Comitês de Cultura.

Os Comitês de Cultura têm desempenhado um papel importante na qualificação, na divulgação e no apoio à projetos de trabalhadores

Desconheço, a transcrição de gravação onde supostamente converso com o ex-presidente do IAJA. Reuni com este senhor, mas nunca no sentido de interferir na condução administrativa do Comitê de Cultura.

1)  Muitas pessoas colaboraram para a construção da política pública que resultou na criação dos Comitês. No caso do Amazonas, artistas comprometidos com o acesso democrático da população às atividades e bens culturais. Estes atores, independentemente de preferência política ou partidária, deveriam, a nosso ver, ter protagonismo nas atividades do Comitê. Isso foi exposto e não imposto como foi ventilado pelo ex-dirigente;

2) O ex-presidente tratou o projeto de forma personalista e inconsequente, tomando decisões sem consultar os demais membros do IAJA e do próprio Comitê de Cultura, não se reportou ao Conselho Fiscal, sendo por isso questionado pelos associados e por mim, particularmente, sem que em nenhum momento tenha reivindicado qualquer tipo de benefício pessoal e muito menos ilegal;

3) Esse tipo de comportamento foi apenas um dos motivos que levaram o ex-presidente a ser destituído do cargo, além de não ter prestado contas ao Conselho Fiscal e ter acumulado denúncias de assédio moral a membros associados e colaboradores de projetos, fatos registrados em boletins de ocorrência e em procedimento interno que resultou em sua exclusão.

Tenho mais de 20 anos dedicados à luta do povo e nunca estive ligada a prática de nenhuma ilicitude. Adotarei os caminhos legais para comprovar a lisura de meus atos e de cobrar a punição para pessoas que estão descompromissadas com a verdade e focadas apenas em projetos pessoais de poder.

Anne Moura

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