MP-AM investiga prefeita Marina Pandolfo sobre suposto desvio de R$ 40 milhões na pandemia da covid

MP-AM diz que aplicação dos recursos recebidos pela Prefeitura de Nhamundá, destinados a saúde, é desconhecida  

Prefeita de Nhamundá, Marina Pandolfo ( reprodução facebook)

 

DEAMAZÔNIA NHAMUNDÁ, AM –  O Ministério Público do Amazonas instaurou Inquérito Civil 2025/64923 para apurar o suposto desvio de R$ 40 milhões na gestão da prefeita Marina Pandolfo (União Brasil), referente a repasses dos governos federal e estadual durante a pandemia da covid-19.

O governo federal repassou ao município de Nhamundá R$ 34 milhões e o governo do Amazonas R$ 5 milhões, destinados a saúde.

Os repasses das verbas ocorreram entre os anos de 2021 e 2022 (primeiro mandato da prefeita, que foi reeleita em 2022).

De acordo com Portaria, do Inquérito Civil, não há informações sobre a aplicação desses recursos.

A portaria foi assinada no dia 12 de abril, pela promotora de Justiça da Comarca de Nhamundá, Ana Carolina Arruda Vasconcelos, e publicada no Diário Eletrônico do MP na quarta-feira (16), da semana passada.

“Considerando a informação constante da referida representação de que, no ano de 2021, o Fundo Municipal de Saúde de Nhamundá recebeu o montante aproximado  de R$17, 3 milhões, dos quais R$ 16 milhões direcionados à atenção primária (R13 milhões) e Covid-19 (R$ 3 milhões), sendo desconhecida a sua aplicação”, diz o documento investigatório do MPAM.

Segundo o Ministério Público, no ano de 2022,  a gestão de Marina Pandolfo também recebeu R$ 16,7 milhões, dos quais R$ 15 milhões seriam destinados para a atenção primária, mas não há registros de como essa verba foi aplicada na saúde municipal,

A Atenção Primária oferece o atendimento de serviços básicos essenciais aos pacientes.

Ao instaurar a investigação, para apurar a suposta malversação de recursos públicos destinados a saúde de Nhamundá, a promotora de Justiça determinou a notificação da prefeita Marina Pandolfo, para que num prazo de 15 dias informe se procedeu com a devida elaboração do Relatório Anual de Gestão (RAG), de 2021-2022, encaminhando cópia integral das informações repassadas sobre utilização das verbas destinadas a saúde, nesse período.

“Caso não seja realizado informe onde foi realizada a prestação de contas das verbas recebidas”, reitera, no pedido, a promotora Ana Carolina Arruda Vasconcelos.

O OUTRO LADO

O Portal de AMAZÔNIA contatou a assessoria da prefeita Marina Pandolfo que informou que até a presente data, a prefeitura de Nhamundá, não recebeu nenhuma notificação do Ministério Público do Amazonas, sobre o assunto.

PORTARIA DO INQUÉRITO CIVIL DO MPA-M

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