Comandante da PM de Novo Aripuanã é afastado após agredir mulheres em bar e fazer disparos na rua

MP-AM pediu que comandante geral da PM afastasse o tenente Deivison de Oliveira Bento e suspendesse o porte de arma do oficial

tenente Deivison de Oliveira Bento empurra mulher no chão e faz disparos

 

DEAMAZÔNIA MANAUS, AM – Menos de 24 horas após o comandante da Polícia Militar de Novo Aripuanã ter sido filmado agredindo uma mulher e, tentando dispersar a multidão, efetuar disparos, o Ministério Público do Amazonas (MPAM), por meio da Promotoria de Justiça do município, instaurou a Notícia de Fato N° 212.2025.000032, para apurar o possível desvio de conduta do agente público. O caso aconteceu na madrugada do dia 27, domingo.

O órgão solicitou ainda, via ofício ao comando-geral da corporação, a substituição imediata do oficial, como medida destinada a resguardar a idoneidade da apuração e garantir a credibilidade institucional da PM. O comando geral da PM informou que o oficial foi afastado.

MP pede afastamento de comandante da PM de Novo Aripuanã após agressão à  mulher | Minuto a Minuto 1

O MPAM também solicitou a suspensão administrativa/funcional, por cautela, do porte de arma de fogo do PM envolvido nos fatos registrados em vídeo, “considerando indícios de violações funcionais cometidas em aparente estado de alteração de controle emocional e com indícios de estar sob efeito de bebida alcoólica ou eventuais outras substâncias capazes de tal tipo de alteração de ânimo”.

Em seu despacho, a promotora de Justiça Jéssica Vitoriano Gomes informou que, pelos indícios narrados e amplamente divulgados, o oficial da PM teria praticando abuso de autoridade, lesão corporal e disparo de arma de fogo em via pública — condutas incompatíveis com a disciplina da função policial, entre a noite de sábado (26/04) e madrugada deste domingo (27).

“O MPAM autuou procedimento para apurar a responsabilidade criminal e disciplinar do agente policial investigado e pediu o afastamento cautelar e sua substituição no Comando do município”, comentou a promotora Jéssica Gomes, ao afirmar que o caso requer uma “apuração rigorosa nas esferas criminal e disciplinar, sem prejuízo de outras infrações eventualmente identificadas no curso das investigações”.

No ofício encaminhado à PM, além de pedir o afastamento do comandante, a promotora encaminhou a Notícia de Fato na íntegra, informou sobre a instauração de investigação no âmbito do controle externo da atividade policial e solicitou a remessa das informações ao Departamento de Justiça e Disciplina da PM no Amazonas, para a instauração do procedimento de apuração disciplinar cabível, além de providências para suspensão administrativa/funcional, por cautela, do porte de arma do comandante.

Em nota, a o Comando-Geral da PM do Amazonas reforçou que não compactua com atos de violência cometidos por seus integrantes e afirmou que todas as medidas necessárias para apurar o caso estão sendo tomadas.

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