Por trama de golpe, coronel do CMA, é exonerado de comando Especial do Exército

Alvo da PF, Hélio Ferreira Lima atuou em dois núcleos, sendo um deles para planejar e executar medidas a fim de manter as manifestações golpistas, em frente aos quartéis  do Exército

Quartel do Comando Militar da Amazônia, em Manaus

 

DEAMAZÔNIA MANAUS, AM  – O Exército exonerou nesta quarta-feira de cinzas (14), o tenente coronel Hélio Ferreira Lima do cargo de comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais, unidade do Comando Militar da Amazônia (CMA), em Manaus.

Hélio Ferreira Lima foi alvo de operação ‘Tempus Veritatis’ (hora da verdade) da PF, na quinta-feira (8), que investiga trama de golpe de estado, decorrene das eleições para presidente.

Segundo a PF, o tenente-coronel do CMA fazia parte de dois núcleos da trama. Uma deles seria de ficar encarregado de espalhar fake news e atacar o sistema eleitoral brasileiro.

O outro núcleo, conforme a PF, o oficial do CMA atuou para planejar e executar medidas para manter as manifestações golpistas em frente aos quarteis militares. É o que informa hoje a Folha de São Paulo. 

Ainda segundo a Folha, o comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais, em Manaus, agora exonerado da função, também teria participado, em Brasília, de uma reunião com o ex-ajudante de ordem, Mauro Cid, com o então presidente Jair Bolsonaro, o senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS), além de militares da ativa e da reserva, na época em que se discutia o golpe de Estado.

Bolsonaro nomeou, o tenente coronel Hélio Ferreira, no comando desta unidade do CMA, em dezembro de 2023  [após a vitória de Lula na eleição].

Junto com o tenente coronel do CMA também foi exonerado o coronel Guilherme Marques Almeida, comandante do 1º Batalhão de Operações Psicológicas, com sede em Goiânia.  O oficial desmaiou durante operação da PF que tinha ele como um dos alvos.

As exonerações atendem à decisão do ministro Alexandre de Moraes do STF (Supremo Tribunal Federal), de suspender do exercício da função pública os militares investigados pela Polícia Federal no inquérito sobre os planos golpistas.

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