Ibama, Ministério da Pesca, CBA e  Sidney Leite debatem o fortalecimento da cadeia produtiva do Pirarucu no AM

Deputado federal defende que recursos do Fundo Amazônia sejam investidos para  desenvolver o mercado e a produção do pirarucu no Amazonas

Ibama, Ministério da Pesca, CBA e Deputado Federal Sidney Leite debatem o fortalecimento da cadeia produtiva do Pirarucu no Estado do Amzonas.

 

DEAMAZÔNIA SANTARÉM, PA –  Uma reunião entre o Ministério da Pesca, Centro de Bionégios da Amazônia, Instituto Mamirauá, Ibama, com a presença do deputado federal, Sidney Leite (PSD), debateu-se formas de desenvolver o mercado e a produção do pirarucu, com recursos do Fundo Amazônia. A reunião aconteceu na sexta-feira (15) na sede do CBA, no Distrito Industrial, em Manaus.

Sidney Leite propôs que o CBA realize pesquisas e desenvolva tecnologias para o maior aproveitamento de parte do peixe que hoje são desprezadas, bem como formas de armazenamento com maior tempo e menor perda de qualidade.

“Hoje precisamos avançar em algo que Mamirauá já está bem mais a frente, a base flutuante para receber o peixe. Isso garante que a evisceração seja feita de forma mais célere, bem como a refrigeração, uma vez que a forma do abate praticada hoje libera uma enzima que reduz a qualidade da carne. Mas precisamos pensar também em soluções como a do atum, que também é um peixe grande, mas que consegue ser refrigerado por completo a partir do momento do abate, isso faz toda a diferença para carne e é aí que entra o CBA”, disse o deputado.

O IBAMA defendeu a ampliação das áreas de manejo do pirarucu para localidades onde ainda não se executa como forma de ampliar a conservação da natureza e o desenvolvimento econômico sustentável do estado do Amazonas.

O superintendente do IBAMA , Joel Araújo, propôs a criação de infraestrutura para o fortalecimento das bases produtivas e o beneficiamento para agregação de valor.

Já o Superintendente da Pesca, Algemiro Lima, acredita que essa melhorias serão de grande impotência para os pescadores devido à garantia legais trabalhistas e valoração do trabalho com segurança e saúde.

O encontro visa ainda ampliar as ações de atividades produtivas não-degradadoras do meio ambiente e da Floresta Amazônica tendo a Conferência do Clima sobre Mudanças Climáticas (COP 30), marcada para os dia 10 e 21 de novembro de 2025.

 

FINANCIAMENTO

O grupo quer propor ao Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDS) o financiamento das diversas etapas da cadeia produtiva do pirarucu.

“Acreditamos que o pirarucu será um eixo de desenvolvimento do Amazonas. Precisamos colocar o nosso estado e a Amazônia na direção do desenvolvimento econômico com base em atividades sustentáveis’, afirmou o Superintendente do IBAMA-AM, Joel Araújo.

Atualmente existem 67 áreas autorizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renovávais (IBAMA), no Amazonas para manejo do pirarucu, compreendendo 260 comunidades que somam mais de cinco mil manejadores, mas acredita-se que o número seja ainda maior.

Uma das maiores pautas quando se trata do manejo deste pescado, é o processo de evisceração e de abate, que atualmente diminui a qualidade da carne e o tempo para revenda do peixe. Esse assunto vem sendo tratado como prioritário pelo parlamentar em Brasília, junto ao Ministério de Pesca e Aquicultura, mas de acordo com Sidney, a infraestrutura também deve ser uma prioridade, uma vez que isso garante a competitividade junto ao mercado.

“Essa é a razão pela qual o CBA existe, reunir as pessoas estratégicas e pensar projetos e soluções que desenvolvam a região, melhorando a vida desses ribeirinhos. Foi sugerido aqui um encontro gourmet como alternativa de introduzir o pirarucu na alta gastronomia, já vamos nos adiantar para realizarmos esse evento. Se tem pescado é preciso também ter mercado para escoar e assim escalar, porque o potencial de negócio existe.”, afirmou Miranda.

Emiliano Ramalho, que é diretor técnico do Instituto Mamirauá, disse que é preciso colocar o pirarucu na prateleira certa, para que ele possa competir de forma justa e no preço ideal, uma vez que hoje ele ainda tem um valor comercial abaixo da qualidade ofertada.

“Atualmente o manejo de pirarucu é a cadeia mais estruturada que nós temos e isso precisa ser fortalecido, mas o trabalho de marketing, na divulgação desse produto precisa acontecer para colocar o pirarucu na prateleira certa dos estabelecimentos e assim ele finalmente começar a ter a valorização que merece”.

Essa iniciativa nasceu a partir de uma provocação do deputado federal Sidney Leite à diretora do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), Tereza Campello, que deve receber a equipe do Amazonas na próxima terça-feira (19), em Brasília.

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