Ministério dos Transportes projeta BR-319 como Rodovia Ambiental, no modelo estrada-parque

BR-319 Ambiental será cercada e com passagens para animais, diz Folha

(Foto: Reprodução/DNIT)

 

 

DEAMAZÔNIA MANAUS, AM – Em fase de conclusão, o projeto do Ministério dos Transportes para a pavimentação da BR-319 (Manaus-Porto Velho) trabalha com o modelo estrada-parque: isolada por cercas, monitoramento eletrônico e 170 passagens especiais para animais.

Segundo o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), o trabalho é elaborado para 500 quilômetros de estrada. Esse trecho liga Humaitá a Manicoré, ambas no Amazonas.

Custo total é estimado em R$ 2 bilhões.

A informação é da Folha de São Paulo.

RODOVIA AMBIENTAL

O projeto prevê grades de quatro metros, impedindo a passagem da estrada para a floresta e vice-versa —haverá apenas três ou quatro acessos para povoados que já estão consolidados no entorno da rodovia.

O Ministério dos Transportes explica que a ideia é ter 170 passagens de fauna, ou seja, locais para que os animais atravessem, sem que precisem cruzar a estrada.

A pasta afirma trabalhar com o conceito de estrada-parque, com preocupação tanto com a infraestrutura quanto com a preservação ambiental e das comunidades locais.

Segundo a Folha, técnicos descrevem o projeto como um novo conceito de rodovia ambiental, monitorada e isolada do mundo ao redor.

A estrada será elevada, portanto, haverá locais de passagem abaixo. O projeto prevê também redes de proteção e passagens de animais construídas por cima da rodovia.

O relatório do grupo de trabalho sobre o tema está recebendo as últimas contribuições e deve ser encaminhado ao Palácio do Planalto na primeira quinzena de abril.

Em agosto do ano passado, o projeto da pavimentação da BR-319 foi incluído no Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

A BR-319

A BR-319 tem cerca de 900 quilômetros de extensão no total, mas o trecho de terra por dentro da floresta costuma ficar intransitável durante o período de chuvas.

Há partes em que a estrada de terra batida permite o tráfego, mas há partes onde a rodovia é somente de barro, no chamado “trecho do meio”, entre o 198 km ao 250 km; rodeado de 28 unidades de conservação ambiental.

Outros trechos já estão pavimentados ou são recebem em outros projetos, com processos distintos de licenciamento ambiental.

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *