Mesmo proibidos pelo TJ, professores entram em greve no Amazonas
Paralisação, por reajuste salarial de 25%, iniciou na manhã de hoje (17), com protestos em frente à ALEAM e sede do Governo do Estado
DEAMAZÔNIA MANAUS, AM – Mesmo com uma decisão judicial que proíbe a deflagração de greve, professores da rede pública estadual de ensino do Amazonas iniciaram, nesta quinta-feira (17/5), às 9h, uma paralisação geral, por tempo indeterminado.
Os professores reivindicam reajuste salarial de 25% das data-bases de 2022 e 2023, que incluem o retroativo de 2020 e 2021. Segundo a categoria, a data-base 2023 dos trabalhadores da Seduc-AM venceu no dia 1º de março.
Houve protestos da categoria em frente da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), na Avenida Mário Ypiranga, Zona Centro-Sul de Manaus. Eles bloquearam a via, no sentido Centro/bairro.
No início do dia, um grupo de professores fez um protesto em frente à sede do Governo do Amazonas, na Avenida Brasil, bairro Compensa, Zona Oeste.
O Governo do Amazonas informou que vai reunir com os educadores nesta quinta-feira (18).
Com a paralisação, parte de alunos do estado estão sem aula.
DECISÃO JUDICIAL
Ontem, terça-feira (16), o desembargador Domingos Chalub, do Tribunal de Justiça do Amazonas, acatou pedido do Estado do Amazonas, em ação civil pública, ajuizada na segunda-feira (15), e proibiu os professores de iniciarem greve.
Em caso de descumprimento da decisão pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), o magistrado estabeleceu multa diária de R$ 30 mil enquanto durar a paralisação.
Além dos servidores de Manaus, trabalhadores de pelo menos 16 municípios também aderiram à greve.
“Esse número tende a crescer. Estamos conversando com vários municípios que pretendem se somar ao nosso movimento”, informou a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas, Ana Cristina Rodrigues.