Instituto Chico Mendes mapeia novos sítios arqueológicos no Parque Nacional de Anavilhanas
Expedição revela três novos sítios arqueológicos, reforçando o valor cultural e ambiental da Amazônia
DEAMAZÔNIA MANAUS, AM – O Instituto Chico Mendes realizou uma expedição histórica para mapear inscrições rupestres recentemente descobertas no Parque Nacional de Anavilhanas, no estado do Amazonas. A ação, realizada em razão da seca severa dos anos de 2023 e 2024, revelou registros arqueológicos até então desconhecidos, contribuindo para o fortalecimento do patrimônio cultural e ambiental da região.
Motivada por relatos de operadores de turismo locais sobre o avistamento de novos petróglifos (representações gravadas pelo Homem em pedra ou em rochas), a equipe do ICMBio conduziu um trabalho de pesquisa e verificação nos Parnas Anavilhanas e Jaú. Foram identificados e georreferenciados três novos sítios arqueológicos localizados em Pedral do Najatuba, Terra Preta da Base 2 e Boca do Baependi. Além disso, novas inscrições também foram registradas em sítios conhecidos do Parna Jaú.
O coordenador da expedição, Lucas Ferrari, destacou a importância da iniciativa. “Essa descoberta reforça a relevância dos nossos parques nacionais não apenas para a conservação ambiental, mas também como guardiões de um patrimônio histórico que ainda estamos desvendando.” A equipe foi composta por servidores do ICMBio e profissionais da área audiovisual, que captaram imagens e registros das inscrições para auxiliar na divulgação e preservação desses sítios.
As rotas aquáticas percorridas durante a expedição foram registradas e estão disponíveis em formato digital, permitindo que pesquisadores e interessados possam visualizar os trajetos por meio do aplicativo Wikiloc. A iniciativa visa facilitar futuras pesquisas e promover a conscientização sobre a importância de proteger esses locais históricos. Os resultados da expedição serão compartilhados com instituições parceiras, como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA), para apoiar ações conjuntas de conservação e divulgação do patrimônio arqueológico da Amazônia.
Fotos: Adson da Silva Colares
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