Porto Chibatão recebe primeiros navios após estiagem recorde no Amazonas
As embarcações chegam com insumos para o abastecimento das empresas do Polo Industrial e do comércio de Manaus
DEAMAZÔNIA MANAUS, AM – Depois de quase 70 dias sem atracações em razão da estiagem recorde nos rios do Amazonas, o Porto Chibatão recebeu nesta terça-feira (26), o navio Mercosul Suape (Mercosul) e hoje (27) o Jacarandá (Log-In), movimentando 2.080 contêineres.
O evento marca um momento crucial para a logística da região, restabelecendo o fluxo econômico após meses de desafios. As cargas das embarcações chegam com insumos para o abastecimento das empresas do Polo Industrial e do comércio de Manaus.
Para Jhony Fidelis, diretor-executivo do grupo, a retomada das operações simboliza um novo começo. “A chegada dos primeiros navios ao Porto Chibatão após a maior estiagem da história é um marco não apenas para a logística da região, mas para todo o Amazonas. Essa retomada simboliza a resiliência e o compromisso de nosso grupo em garantir o abastecimento, mesmo diante de adversidades extremas. Agora, com as operações restabelecidas, estamos prontos para fortalecer ainda mais a economia local e regional, reafirmando a importância estratégica de nosso trabalho para a Zona Franca e comércio.”
O retorno ocorre em um momento de superação. Durante a estiagem, o Grupo Chibatão implantou um píer flutuante provisório em Itacoatiara, essencial para manter o abastecimento e evitar um colapso econômico na região. Em pouco mais de dois meses, o píer recebeu 31 navios, movimentando 34 mil contêineres e ajudando a alcançar recordes históricos de importações no Amazonas, que devem ultrapassar US$ 16 bilhões até o final do ano.
Sobre o impacto do píer provisório na crise hídrica, Fidelis também destacou sua relevância e disse que a iniciativa é um legado deixado pelo fundador do Grupo, José Ferreira de Oliveira, o Sr. Passarão. “O píer flutuante foi uma solução emergencial que se mostrou crucial para evitar o colapso econômico durante a crise hídrica. Ele permitiu que, mesmo nos piores momentos da estiagem, o Amazonas continuasse importando e exportando em níveis históricos. Graças a essa estrutura, ao empenho de nossa equipe, que mantém o DNA de nosso fundador, e aos órgãos envolvidos que contribuíram, asseguramos o abastecimento de Manaus e mantivemos a economia local aquecida. É um exemplo claro de como a inovação pode mitigar impactos em situações extremas.”
Com o retorno das atividades normais, o Porto Chibatão reforça sua posição como um dos principais eixos logísticos do Brasil, fundamental para a economia do Amazonas e a Zona Franca de Manaus.
A expectativa agora é de uma recuperação robusta nos próximos meses, consolidando 2024 como um ano de superação e inovação para o setor.
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