Grupo peruano, que comprou mina de urânio no AM na ditadura, vende empreendimento por US$ 340 aos chineses

Maior usina de urânio do mundo fica localizada em Presidente Figueiredo, terras que pertenciam antes aos Waimiri-Atroari, que foram expulsos da área pelo governo militar  

Reserva de urânio, em Presidente Figueiredo- Foto: SEMA/AM

DEAMAZÔNIA PRESIDENTE FIGUEIREDO, AM – Não foi o governo federal que vendeu a maior mina de urânio para a China, localizada no Estado do Amazonas.

A mineradora Taboca, pertence ao grupo peruano Minsur anunciou que firmou um contrato de venda da Mineração Taboca para a chinesa CNMC (China Nonferrous Mining Metal Company), pelo valor de US$ 340 milhões.

O minério está localizado na Vila Pitinga, em Presidente Figueiredo, em Presidente Figueiredo, na região Metropolitana de Manaus.

A mina foi vendida pelo governo brasileiro na ditadura militar (década de 70-80) para a mineradora Paranapanema, que depois passou a ser exercida pela Taboca.

A CNMC é uma companhia chinesa com operações de metais não-ferrosos na Ásia e África. A transação tem ainda condicionantes que não foram divulgadas.

A Mineração Taboca, que foi eleita como uma das Empresas do Ano do Setor Mineral 2024, na categoria Inovação e Tecnologia/Médio Porte. A empresa é a principal produtora brasileira de estanho. Em Presidente Figueiredo a Taboca também extrai estanho produz tântalo e nióbio.

As terras onde hoje se explora atualmente a mineração Paranapanema/Taboca antes pertenciam aos indígenas aos Waimiri-Atroari que foram mortos por agentes do Exército, na ditadura militar. As empresas foram ainda acusadas, à época, de contratar paramilitares para expulsar os indígenas.

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