Amazonas Energia pede a Aneel mais 60 dias de prazo para repassar distribuidora a Ambar
Sub júdice e impasse burocrático emperra venda da Amazonas Energia, deveria ser concluída até final de dezembro de 2024
DEAMAZÔNIA MANAUS, AM – A venda da Amazonas Energia que deveria ser concluída até o final do mês de dezembro, deste ano, emperra em questões burocráticas, uma vez que a transferência da distribuidora para a Ambar, do grupo J&F, foi aprovada em ‘caráter sob júdice’.
O Grupo Oliveira Energia, que administra a distribuidora no Amazonas, pediu a Justiça Federal que obrigue a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) a estender por mais 60 dias o prazo para concluir a transferência de controle para os irmãos Wesley e Joesley Batista.
A Ambar informou a Folha de São Paulo que esta pronta para cumprir com todas as obrigações regulatórias e financeiras da Amazonas Energia, relacionadas a transferência de controle, mas ‘desde que exista um cenário de segurança jurídica’.
Até o dia 31 de dezembro a Ambar deveria fazer um aporte na Amazonas Energia de R$ 2 bilhões, o que provavelmente não irá acontecer.
Para concretizar a venda, a Amazonas Energia questiona que os repasses financeiros das flexibilizações operacionais de R$ 14 bilhões devam ocorrer antes da conclusão da operação de transferência.
A venda da distribuidora de energia no Amazonas foi determinada pela Justiça Federal, após pedido do Ministério de Minas e Energia, que previa intervenção na empresa, porque a fornecimento de energia no Estado ameaçava colapsar. A conclusão do processo judicial ainda não ocorreu.
Amazonas Energia tem dívida com a Eletrobras no valor de R$ 10 bilhões.