Justiça proíbe guindaste e boi Garantido pede impugnação de três jurados do Festival de Parintins
Presidente da Comissão de Escolha de Julgadora da Prefeitura de Parintins foi afastado após vazamento de lista de jurados
DEAMAZÔNIA PARINTINS, AM – Presidente da Comissão de Escolha de Julgadora da Prefeitura de Parintins foi afastado após vazamento de lista de jurados. A diretoria do Boi Garantido entrou com um pedido de impugnação contra três jurados do Festival de Parintins 2025: Matheus Foster Dias, Joana Ramalho Ortigão Corrêa e Adriano Azevedo Gomes de Leon.
O Caprichoso também apresentou contestações sobre a escolha de um jurado.
Segundo o Garantido, os nomes mantêm vínculos pessoais e profissionais com membros e ex-integrantes do Boi Caprichoso, o que violaria o regulamento do festival por comprometer a imparcialidade do julgamento.
No documento enviado à organização do festival, o Garantido alega que Matheus Foster seria amigo próximo de Hudson Corrêa Lopes, ex-presidente da Comissão de Escolha de Jurados, afastado após suspeitas de interferência no processo de seleção.
Já Joana Ramalho teria coautoria em trabalhos acadêmicos com profissionais ligados à diretoria artística do Caprichoso. Adriano Gomes, por sua vez, manteria relação de trabalho com um arquiteto que atuou como fiscal do bumbá azul.
O boi Caprichoso pediu a impugnação do jurado Marcos dos Santos Moreira, do bloco A.
Proibição de guindaste
A poucos dias do início do 58º Festival Folclórico de Parintins, a Justiça do Trabalho determinou, nesta terça-feira (25/06), a proibição do uso de guindastes pelas agremiações Garantido e Caprichoso. A decisão, que atende parcialmente a uma ação do Ministério Público do Trabalho (MPT), veta expressamente o içamento de pessoas e o transporte de alegorias com indivíduos sobre elas durante apresentações, ensaios ou qualquer fase do evento. Em caso de descumprimento, a multa é de R$ 100 mil por infração, com possibilidade de interrupção imediata do espetáculo.
O juiz André Luiz Marques Cunha Júnior reconheceu os riscos envolvidos, mas ressaltou que qualquer medida deve considerar a realidade logística e a importância cultural do festival. A decisão exige ainda um plano de comunicação de segurança pelas associações e, no caso do Garantido, um memorial técnico detalhando o peso das alegorias.
Embora inspeções anteriores tenham atestado que os guindastes operam dentro das normas, a Justiça apontou falhas na comunicação operacional que devem ser corrigidas até 26 de junho.
Texto atualizado às 17h:40min